PF investiga empresários e servidores do Tocantins suspeitos de desviar dinheiro em contratos de UTIs durante a Covid-19

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Foram cumpridos 18 mandados em seis estados do país. Empresários e servidores são suspeitos de fraude de licitação, organização criminosa e lavagem de dinheiro. PF investiga empresários e servidores públicos do Tocantins
Reprodução/Polícia Federal do Tocantins
A Polícia Federal do Tocantins dá continuidade nas investigações sobre a empresa suspeita de superfaturar valores de serviços e insumos de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) de Palmas e Gurupi, durante a pandemia. A Operação ‘Broken Armour’ investiga empresários e servidores públicos do estado suspeitos de fraude de licitação, organização criminosa e lavagem de dinheiro.
Nesta terça-feira (14) foram cumpridos 18 mandados de busca e apreensão, expedidos pela 4ª Vara Federal Criminal do Tocantins. Os mandados foram expedidos para as cidades de Belém/PA, Anápolis/GO, Goiânia/GO, Umuarama/PR, Boa Vista/RR, Ribeirão, Preto/SP, Cotia/SP, São Paulo/SP, Maceió/AL e Brasília/DF.
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Segundo a PF, o cumprimento dos novos mandados são seguimento a Operação Ophiocordyceps instaurada de 2022 para investigar a empresa responsável pelas UTIs 2020 e 2021. Na época, a organização chegou a receber aproximadamente R$ 90 milhões para a gestão dos dois hospitais, na qual parte do valor teria sido desviado pelos empresários e funcionários públicos.
O esquema envolve superfaturamento, pagamento por serviço não prestado, pagamento em duplicidade e subcontratação de empresas de fachada em outros estados, além de lavagem de dinheiro de origem ilícita.
A PF informou que os indiciados poderão responder, pelos crimes de lavagem de dinheiro, fraude a licitação e organização criminosa, com penas que somadas, podem chegar a 23 anos de prisão, além da perda de bens e valores suficientes para a reparação dos danos decorrentes das infrações penais.
Segundo a polícia, o nome da operação “Broken Armour” significa “armadura quebrada” e remete à descoberta do segredo sobre como funcionava a criação e existência de empresas instrumentalizadas para a proteção de pessoas suspeitas de integrar a suposta organização criminosa.
O g1 solicitou um posicionamento do Governo do Tocantins sobre as investigações dos servidores públicos e aguarda retorno.
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Fonte: G1 Tocantins