Promissor no trap funk, PH é um dos 11 autores de hit que vai na contramão da era TikTok. Nesta semana, g1 faz série de reportagens com apostas para 2024. MC PH
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Na era do TikTok, em que hits são cada vez mais curtos e coreografados, o sucesso de “Let’s Go 4” é uma raridade.
Com quase 11 minutos e sem nenhum passinho de dança, a música está há quatro meses na lista das 50 faixas mais ouvidas do Spotify Brasil. E durante 90 dias, ficou na 1ª posição do ranking.
“Todos os artistas que estão nessa música mudaram de vida, começaram a fazer muito show. Uma coisa surreal. Deus é mil grau”, diz MC PH ao g1.
Aposta promissora no trap funk, PH é um dos 11 artistas responsáveis pelo hit. Além dele, há DJ GBR, TrapLaudo e os MCs IG, Ryan SP, Davi, Luki, Don Juan, Kadu, GH do 7 e GP.
Nesta semana, o g1 faz uma série de reportagens com as apostas musicais para 2024. De diva do tecnomelody a novidades do sertanejo e funk, conheça artistas prontos para estourar.
Cena do videoclipe ‘Let’s Go 4’
Reprodução/YouTube
“A música explodiu tanto que, agora, as pessoas falam ‘Let’s go four’. Ninguém mais fala ‘Let’s go quatro’”, brinca PH. “No baile funk, você não vê ela tocando, porque lá as pessoas querem coisa rápida, putaria. Mas todo mundo conhece. É um funk que fala a mesma coisa, mas tem mais tempo.”
O músico diz ainda que a faixa é um típico funk ostentação, com “a vivência do favelado que venceu”. Ostentação essa que está presente em grande parte de sua carreira.
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Maconha, money, mulher e música
Antes de estourar com “Let’s Go 4”, PH já havia emplacado outro hit, também no ano passado: “Os Bico Tão Se Perguntando (Let’s Go 3)”. Com batidas lentas e uma letra sobre ascensão social, a música é mais curta, tem pouco menos de três minutos e celebra sexo, dinheiro e poder.
São temas que também rodeiam o 4M, conceito que ele elaborou ao lado dos MCs IG, Pedrinho e Kevin, na década passada. Termo que se refere a maconha, mulher, música e money (dinheiro, em inglês).
“É um estilo de vida”, define PH. A brincadeira com a sigla inspirou letras, batidas e performances dos MCs, que, nessa época, se apresentavam solo e em conjunto.
Depois, a sigla acabou se expandindo, chegando ao vocábulo de outros funkeiros, como os MCs Davi, Ryan e Menor da VG.
“Todo mundo que vive os quatro Ms é 4M. Não é um grupo. É uma ideologia”, afirma PH.
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Mas mais do que ideias ou estilo de vida 4M se tornou um selo. Hoje, é o nome de uma produtora aliada à GR6, a maior do funk. E vai além dos fones de ouvido, com sua 4M Gang, marca de roupas e acessórios, que incluem cinzeiros e piteiras de vidro.
PH, que atua no selo, fala em querer levar a 4M para fora do país, tanto na música quanto na moda.
Em 2023, ele, IG e Pedrinho (Kevin morreu em 2021) lançaram “4M in Paris”, funk de vocais distorcidos, harmonia arrastada e versos como “bolei uma torre pra nóis degustar/ monеy, na conta corrente/ música em Paris/ traz mulher pros 4M”.
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O play no sucesso
Dois mil e vinte e três também foi o ano em que PH dominou os rankings de sucesso com “Ballena”, trap que, assim como “Let’s Go 4”, é um cypher (reunião de vários MCs cantando sobre uma mesma base).
No mesmo ano, ele lançou “Eclético” e “O Cara do Momento”, álbuns que chegam após “Pronto pra Guerra”, o seu primeiro, de 2021.
Empolgado com os saldos de 2023, o músico se mostra ansioso para o novo ano e diz ter vontade de explorar gêneros que ainda estão de fora do seu currículo: sertanejo, pop e forró.
“Quero gravar de tudo. Se tiver alguma proposta boa, vou gravar.”
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Cinco apostas musicais internacionais do g1 pra 2024
Fonte: G1 Entretenimento