Especialistas alertam para riscos de picadas de aranha após números dispararem no TO; veja as espécies mais perigosas

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Tocantins teve um aumento de mais de 100% no número de pessoas picadas por aranhas entre 2021 e 2022. Mais de 500 acidentes com aranhas são registrados no Tocantins em 2022
O Tocantins teve um aumento de mais de 100% no número de pessoas picadas por aranhas entre 2021 e 2022. Esses acidentes podem gerar casos mais graves e até levar à morte, principalmente se o paciente tiver alguma doença preexistente ou for criança.
“Crianças abaixo de sete anos merecem uma vigilância extrema. A quantidade de veneno que uma criança com esse peso e altura [for exposta] pode ter um efeito muito mais destruidor do que em um adulto”, explicou o médico intensivista Paulo Rogério Scordamaglio.
Em Porto Nacional, na região central do estado, a servidora pública Raucirene Rodrigues perdeu o movimento do polegar após ser picada na mão por uma aranha-marrom. O veneno causou uma ferida grave, fazendo até o tendão ficar exposto.
Veja as espécies encontradas em todo país que são consideradas as mais venenosas:
Aranha-marrom é uma das mais perigosas
TV Anhanguera/Reprodução
A aranha-marrom é pequenininha e parece inofensiva, mas é uma das mais venenosas. Ela pode ser encontrada em qualquer lugar, até mesmo dentro de casa.
A aranha-armadeira é um pouco maior e também muito venenosa. Ela gosta de umidade e é facilmente encontrada onde há entulhos ou restos de construção. As duas picam, mas diferente da primeira, a armadeira costuma atacar.
Aranha-armadeira é muito perigosa
TV Anhanguera/Reprodução
Outra aranha muito perigosa é a conhecida viúva-marrom, que também é pequena, mas muito venenosa.
“Para se proteger ela acaba mordendo. Então, vai vestir uma roupa, calçar um sapato, está deitado na caba e acaba rolando por cima dela. Os acidentes ocorrem normalmente assim”, explicou o biólogo Anderson Brito.
Aranha viúva-marrom
TV Anhanguera/Reprodução
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Outra espécie muito comum no Tocantins é a caranguejeira. Ela dá medo só de olhar, mas não tem veneno. O biólogo explica que com a chegada da chuva elas podem ser vistas com mais facilidade.
O médico Paulo Rogério Scordamaglio explica que no caso de acidentes a orientação é procurar uma unidade de saúde.
“Uma coisa que jamais se deve fazer é utilizar torniquetes no membro. Nunca devemos abrir a região da picada com instrumentos cortantes e nem tentar sugar o veneno após fazer estes cortes. Isso não tem efetividade nenhuma, aumenta a porta de entrada para a infecção e pode piorar muito as condições locais”, explicou.
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Fonte: G1 Tocantins