Black Pantera alimenta a chama ativista no EP ‘Griô’

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Grupo mineiro de rock pesado lança o primeiro disco em inglês com músicas de espírito punk que perpetuam a história de resistência do povo negro. O trio mineiro Black Pantera lança o EP ‘Griô’ amanhã, 17 de novembro, com cinco músicas gravadas com produção de Rafael Ramos
Ênio César / Divulgação
Capa do EP ‘Griô’, do grupo Black Pantera
Arte de Gustavo Cruzeiro
Resenha de EP
Título: Griô
Artista: Black Pantera
Edição: Deck
Cotação: ★ ★ ★ ★
♪ “Minha alma está em chamas, isso é destino / Eles nunca nos matarão nem apagarão nossa história”, brada Charles Gama, vocalista e guitarrista do Black Pantera, banda mineira de rock pesado, em versos em inglês de R.I.S.E., música de autoria dos integrantes do trio.
R.I.S.E. é hardcore punk que embute levada próxima do reggae sem atenuar o peso da gravação. R.I.S.E. é a segunda das cinco músicas de Griô, EP gravado por Charles Gama, Chaene da Gama (baixo e vocal) e Rodrigo Pancho (bateria).
Em rotação a partir de amanhã, 17 de novembro, o EP Griô é o primeiro disco inteiramente em inglês do Black Pantera. Com inédito repertório autoral, assinado conjuntamente pelos integrantes do trio, o disco chega ao mundo no momento em que o grupo ainda cumpre a agenda da turnê internacional do show baseado no terceiro álbum do trio, Ascensão (2022).
As cinco músicas do EP Griô estão afinadas com o espírito ativista do Black Pantera, grupo engajado no movimento negro que faz som calcado no trash metal e no hardcore punk. A ideologia do universo punk inspirou o trio na criação de temas altivos e imperativos como o hardcore Shut up n’ f… up.
Antecedido pelo single que apresentou a faixa Dreadpool, o EP Griô mantém o ativismo da banda em fogo alto, mesmo quando expõe vulnerabilidades, como em Burnout.
Encerrado com Ukumkani, tema valorizado por gravação que expõe a pegada incandescente do power trio, o EP Griô foi batizado com palavra de origem africana que designa “o guardião da memória oral de um povo”.
“Acabamos sendo griôs da nossa era, pois falamos de retomada, do movimento negro, dos ativistas, da história do povo preto, dos impérios e tudo mais. Contamos a história do nosso povo, tão apagada, tão sequestrada, mas de uma maneira que a gente possa retomar isso e mostrar que nós somos história para além da escravidão, o que é também uma forma de combater o racismo e elevar os nossos ancestrais, o nosso povo”, contextualiza o baixista Chaene da Gama.
Gravado no estúdio da gravadora carioca Deck, Tambor, o EP Griô foi masterizado por Chris Hanzsek no Hanzsek Audio em Seattle (EUA).
Assinada por Gustavo Cruzeiro, a capa do EP Griô evoca a ancestralidade embutitda no título mencionada por Chaene neste disco em que, com aguçada consciência, Black Pantera alimenta a chama que aviva e perpetua a história de resistência do povo negro.

Fonte: G1 Entretenimento