“Não consigo reconhecê-la”, diz irmão de mulher espancada no Rio

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“A situação é surreal”, diz o programador Rogério Peres Caparróz sobre o que aconteceu com sua irmã na noite de sábado (16). A empresária Elaine Caparróz, 55, foi gravemente espancada por um homem dentro de seu apartamento, na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio de Janeiro. Vinícius Batista Serra, 27, foi preso ontem em flagrante e encaminhado ao Complexo Prisional de Benfica, na zona norte da cidade.

“Cada vez que eu vejo a minha irmã, eu não consigo reconhecê-la”, disse Caparróz em entrevista à imprensa após visitar Elaine no hospital. Com várias fraturas, o rosto dela ficou desfigurado. A vítima está hospitalizada e precisará ser submetida a cirurgia plástica.
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Aquela pessoa que está ali desfigurada não representa diretamente a fisionomia da minha irmã. Ele deixou minha irmã numa situação que eu não reconheço. E toda vez que chego lá para visitar minha irmã fico chocado. Não tem momento em que você se acostuma com aquela imagem

Rogério Peres Caparróz, irmão de empresária agredida no Rio

A empresária e o suspeito de agressão se conheceram pelo Instagram e vinham conversando havia oito meses, de acordo com o irmão da vítima. A ideia do encontro partiu, segundo ele, do agressor.

“Aquilo ali foi evoluindo para uma situação que ela achava favorável, uma situação comum, ela foi tendo confiança de ter um momento próximo. Em vez de se relacionar em um local fora, ela falou: ‘vem me visitar aqui em casa’. Ela se sentiu mais confortável, mais segura para receber uma pessoa na casa dela”, relatou Caparróz.

De acordo com a irmã, ficou tarde e o rapaz pediu para dormir no apartamento. Ela concordou, mas foi surpreendida na madrugada, acordada por ele com murros em seu rosto.

“Ela adormeceu. Quando foi 1h30, aconteceu o que aconteceu. Evoluiu para isso, uma violência gratuita dessa. Se tivesse um antepassado [criminal], uma coisa que desse um alicerce para isso, mas não existe isso.”
Agressões duraram 4 horas

O irmão da vítima esteve no prédio dela e conversou com vizinhos. De acordo com ele, as agressões teriam ocorrido por um período de quatro horas. Os vizinhos pensaram que se tratava de “briga de casal”, e a empresária chegou a gritar por socorro.