Busca e apreensão na Saúde teriam ligação com o escândalo do lixo hospitalar

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A Polícia Civil do Tocantins, por meio da Delegacia de Repressão a Crimes de Maior Potencial contra a Administração Pública – DRACMA, de Palmas, realizou nesta quarta-feira, 27, mais uma fase da Operação Expurgo, que investiga suposta irregularidade em processo licitatório e de gestão referente à coleta e descarte de lixo hospitalar.

Durante a manhã, policiais civis da DRACMA e peritos oficiais cumpriram diligências na sede da Secretaria de Estado da Saúde – SES, com a busca e apreensão de documentos referentes a processos licitatórios, perícia em equipamentos eletrônicos, extração de relatórios de execução financeira, orçamentária e gestão.

A ordem de busca e apreensão foi requerida por autoridades policiais daquela unidade especializada após inquerito policial instaurado a partir de requisição do Ministério Público de Araguaína e os documentos coletados serão analisados pelas equipes daquela unidade especializada e peritos do Instituto de Criminalística da SSP. Após conclusão, cópias dos documentos serão anexados ao procedimento investigativo referente à operação.

O material apreendido será submetido a análise investigativa e pericial pela Polícia Civil, sendo parte integrante do inquérito policial em andamento que apura supostas fraudes em licitações.

Os mandados, executados pela Delegacia de Repressão a Crimes de Maior Potencial contra a Administração Pública (Dracma), se referem à contratação da empresa Sancil Sanatório e envolvida no escândalo do lixo hospitalar. A firma pertence ao ex-juiz eleitoral João Olinto, pai do deputado estadual Luiz Olyntho (PSDB), segundo as investigações da PC. A polícia também apura indícios de envolvimento do parlamentar.

Entenda

Sem licitação, a empresa foi contratada em agosto do ano passado para a coleta do lixo de 13 hospitais. As irregularidades do serviço foram apontadas em um relatório do próprio Estado. E em novembro de 2018, o caso veio à tona depois que toneladas de lixo armazenado irregularmente foram encontradas em um galpão de Araguaína, no Norte do Estado.

João Olinto e o filho dele, Luiz Olinto, e mais quatro pessoas foram indiciadas em janeiro deste ano pelo suposto envolvimento com o escândalo. A defesa disse na época que se manifestaria nos autos, oportunamente.

Na época também foram encontrados resíduos de hospitais enterrados em uma fazenda da família Olinto em Wanderlândia. Por causa do lixo encontrado, uma das empresas da família chegou a ser multada em R$ 3,2 milhões pelo Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins).

Saúde afirma estar colaborando com investigação

Em nota enviada ao T1 Notícias, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) informou que está colaborando com as autoridades policiais para que as investigações corram com celeridade e os fatos sejam elucidados.